Desde o início da AIFO no Brasil, em 1961 que desenvolvemos inciativas no âmbito da saúde sanitária e de base para combater a hanseníase, favorecendo a reabilitação física e social, com base no desenvolvimento comunitário das pessoas com deficiência.
Se você ainda não leu sobre o RERSUS, saiba que é um projeto que envolve a cooperação de várias estruturas públicas da saúde sanitária da região italiana da Emília-Romanha e em Niterói no estado do Rio de Janeiro.
Em 2019, o RERSUS se propôs a capacitar 775 gestores do sistema sanitário do RER e do SUS, envolvendo também professores e estudantes da área da saúde, interessados nas ferramentas de cuidados intermediários, de forma que os cuidados atinjam os mais pobres dos territórios.
Esse estudo se deu a partir de diversas atividades realizadas no período de um ano. Sendo elas:
- A Identificação das necessidades de saúde da comunidade com foco nas pessoas socialmente mais vulneráveis;
- Estudo sobre a estratégia municipal de saúde em Niterói e sobre os processos participativos da gestão;
- Análise sobre cuidados intermediários e formação a respeito da desigualdade;
- Formação para tutores da Emília-Romanha, para os gestores brasileiros de cuidados intermediários e para os líderes de comunidade em Niterói
- Atividades acadêmicas de formação e sensibilização na região de Emília-Romanha.
O Futuro do RERSUS
Assim que o projeto se conclui em 2020, ele se encontra inserido num panorama epidemiológico global, dominado de um rápido crescimento da incidência de patologias cronicas. Tal contexto prevê um intervalo no setor dos cuidados intermediários enquanto lugar de integração entre hospital, território e âmbito sócio-familiar.
Estamos estudando a ampliação do RERSUS, para levar os cursos de formação e promover a troca de ferramentas gerenciais em outros estados brasileiros. Com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento de novas politicas e estratégicas sanitárias, através do estudo entre Brasil e Itália, respeitando as especificações territoriais para responder as necessidades da comunidade, essa que será totalmente envolvida pelo percurso participativo. Propondo no Brasil, um caminho que leve a reconfiguração de hospitais de menor porte.
Para a Emília-Romanha o projeto permitirá esse levantamento de novas respostas para a crescente complexidade dos serviços de cuidados intermediários. E para a melhora da articulação entre sociedade e o serviço territorial – com diálogo entre a comunidade e o desenvolvimento de multi-profissionalizações. Reforçando assim a assistência integral dos usuários e de suas famílias.
Destaque do projeto na revista AIFO.