O Jornal do Estadão publicou no final do ano passado (2019), um estudo da Fundação Getúlio Vargas, que ilustra em relatos, como a população mais vulnerável socialmente continua sendo aquela que paga as consequências da recessão. Enquanto a desigualdade só aumenta no país onde os ricos brasileiros só aumentam mais e mais seu poder de compra.

O Coeficiente de Gini mede o grau de concentração de renda de populações, pelo calculo da diferença do rendimento dos mais pobres, em relação aos mais ricos. E mostrou que a desigualdade aumentou em 5% no Nordeste e no Norte do Brasil, já nas outras regiões o número cresceu em 3%.

No começo de 2019, a renda de 50% dos brasileiros mais pobres caiu cerca de 18%, e o 1% mais rico, em contrapartida obteve 10% de alta, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Tais números demonstram como aumento do “trabalho informal”, ou seja, da exploração do trabalho, sem qualquer direito ou carteira assinada, corresponde diretamente no crescimento da desigualdade social no Brasil.

Sabemos historicamente, que para combater essa realidade, políticas de melhoria sociais e a geração efetiva de empregos seriam as mais lógicas. Porém, ao invés disso, nosso presidente assinou um decreto; publicado ao fim de Dezembro, no Diário Oficial da União, a extinção de 27.611 cargos efetivos que já estão vagos e que virão a vagar.

Sem causar surpresa, o Ministério da Saúde será mais impactado, com 22.476 mil cargos extintos. No qual, 10.661 são de agentes públicos. E Novamente, a camada mais pobre será penalizada com um serviço de saúde cada vez mais precário.

A BRASA repudia tais medidas, que praticamente, acabarão com o programa de agentes de saúde do SUS. Acreditamos assim, no amplo debate para desenvolver ações que fortaleçam o SUS e que resistam às ideias neoliberais de privatização. Essas que afastam, cada vez mais, o brasileiro de seus direitos e os transformam e mercadorias de difícil acesso aos que mais precisam.