Pesquisa da IBOPE Inteligência para a UNICEF, revela como as famílias com os filhos menores de idade se tornaram vítimas ocultas da pandemia. Mesmo que a doença da covid-19 não se mostre mais letal para jovens, a preocupação com a saúde permanece, porém, voltada para a má nutrição infantil, que se agravou com a crise civilizatória do novo coronavírus.
Pesquisa Impactos primários e secundários da Covid-19 em crianças e adolescentes.
O aumento da desigualdade social, que já era preocupante na pré-pandemia, abriu feridas profundas e fez com que avanços nos campos dos direitos humanos retrocedessem avassaladoramente. Problemas como a fome e a má-nutrição voltam a fazer parte da realidade de muitos brasileiros.
De acordo com a pesquisa, as famílias com crianças menores de 18 anos foram as que mais perderam a renda devido à pandemia, 67% foram aqueles com renda familiar de até um salário mínimo que tiveram redução nos rendimentos. Ou seja, condições ruins, pioraram precariamente.
Já nas famílias com renda de mais de 10 salários, 36% responderam ter havido a redução na receita.
Esse mesmo documento aponta que um em cada cinco brasileiros (21%) passou por algum momento em que os alimentos acabaram e não havia dinheiro para comprar mais. E em famílias com filhos menores de 18 anos, o número chegou a 27%.
6% dos entrevistados, disseram que passaram fome e deixaram de comer por falta de dinheiro para comprar comida (9% entre quem vive com crianças e adolescentes).
Ações contra a desnutrição infantil no Tocantins
Como BRASA, apoiamos e ajudamos a desenvolver projetos de enfrentamento a desnutrição e a má nutrição infantil no estado do Tocantins, pela organização social, COMSAÚDE.
Durante a pandemia, a instituição está se esforçando para continuar atendendo as 140 famílias necessitadas dos setores periféricos da capital tocantinense, Palmas e também em Porto nacional. Regiões de enormes desigualdades sociais e problemas de infraestruturas.
Em uma carta, a COMSAÚDE declara “A população adulta desses bairros está desempregada ou subempregada, em sua maioria são: Diaristas, Pedreiros, Feirantes, Verdureiros, Camelôs e trabalhadores braçais. Sabemos que correm risco altíssimo de se infectarem com o coronavírus, devido suas condições de trabalho, nesse sentido é que lançamos a campanha de mobilização a fim de arrecadar cestas básicas de alimentos e material de higiene pessoal. […]
As famílias atendidas pela entidade estão com grave ameaça de passar fome. Nesse sentido escrevemos essa carta como um pedido de apoio.
Faça sua doação – Banco do Brasil Agência: 1117-7, Conta corrente: 3242-5, Comunidade de Saúde, desenvolvimento e Educação. CNPJ 01.189.836/0001-49.
links: https://www.comsaude-to.com.br/