A conversa foi mediada pelo Coordenador geral da BRASA, Stefano Simoni e pela grande colaboradora e amiga da Associação, Paula Brandão.

Ouça o podcast Zero Preconceito, um projeto que fala sobre a discriminação enfrentada pela hanseníase.

Foram ricas as experiências compartilhadas de como a hanseníase atravessou a trajetória dessas residências em equipes multiprofissionais na atenção básica de saúde.

card em tons verde, roxo e amarelo com as imagens e credenciais do participantes, Enfermeira residente do Programa de Residência Multiprofissional em Atenção Básica/Saúde da Família e Comunidade UERN/PMM - Andressa Silvestre.  Lucas Eduardo Simão Ferreira Graduação Médica - UNICEUMA 2019.2 Médico Residente em Medicina da Família- UERN (R2). Lucas Portella, Enfermeiro de Família e Comunidade, preceptor do programa de Residência de Enfermagem em Saúde da Família PRESF/SMS RJ. Laiz Bueno Rodrigues, Enfermeiro preceptor do programa de Residência de Enfermagem em Saúde da Família PRESF/SMS RJ

A expansão da residência em saúde básica é algo relativamente novo na saúde coletiva e saúde da família. Sua implementação trouxe aspectos positivos no atendimento a população visto que uma equipe multiprofissional traz um olhar mais diverso e atento às vulnerabilidades do território, ligado a uma ótica acadêmica de pesquisa e formação universitária.

Queda no número de diagnósticos de hanseníase não é motivo para comemoração, explica Dr. Marco Andrey Cipriani.

Ainda assim, o despreparo dos profissionais para identificar e lidar com o paciente com hanseníase foi lembrado, além da falta de novos diagnósticos e de medicamentos usados no tratamento da doença, algo extremamente prejudicial ao paciente e aos que estão em seu entorno.

São desafios complexos que o combate à hanseníase encontra em meio a retrocessos e a uma crise de saúde. Porém, na universidade e no atendimento básico, a importância de uma educação permanente na estrutura sanitária foi lembrada na conversa entre os residentes de equipes multiprofissionais.

Além da importância de estabelecer boa comunicação entre o sistema de saúde e a população.

Entre as ferramentas efetivas no diagnóstico da hanseníase, a sala de espera, é mencionada como primeiro acolhimento do paciente. Um lugar onde o indivíduo tem o primeiro contato com informações dos sintomas e doenças mais habituais do território, fazendo com que ele vá mais preparado ao encontro do profissional, já com as possíveis suspeitas e queixas mais elaboradas.

Outra importante fala lembrou da importância do vínculo do paciente com o profissional de saúde, importante para superar os preconceitos de modo que o paciente compartilhe suas preocupações com maior segurança.

Assista aqui a live completa do projeto Hanseníase em Rede de interfaces: saúde, educação e sociedade.