A conversa foi mediada pelo Coordenador geral da BRASA, Stefano Simoni e pela grande colaboradora e amiga da Associação, Paula Brandão.
Foram ricas as experiências compartilhadas de como a hanseníase atravessou a trajetória dessas residências em equipes multiprofissionais na atenção básica de saúde.
A expansão da residência em saúde básica é algo relativamente novo na saúde coletiva e saúde da família. Sua implementação trouxe aspectos positivos no atendimento a população visto que uma equipe multiprofissional traz um olhar mais diverso e atento às vulnerabilidades do território, ligado a uma ótica acadêmica de pesquisa e formação universitária.
Ainda assim, o despreparo dos profissionais para identificar e lidar com o paciente com hanseníase foi lembrado, além da falta de novos diagnósticos e de medicamentos usados no tratamento da doença, algo extremamente prejudicial ao paciente e aos que estão em seu entorno.
São desafios complexos que o combate à hanseníase encontra em meio a retrocessos e a uma crise de saúde. Porém, na universidade e no atendimento básico, a importância de uma educação permanente na estrutura sanitária foi lembrada na conversa entre os residentes de equipes multiprofissionais.
Além da importância de estabelecer boa comunicação entre o sistema de saúde e a população.
Entre as ferramentas efetivas no diagnóstico da hanseníase, a sala de espera, é mencionada como primeiro acolhimento do paciente. Um lugar onde o indivíduo tem o primeiro contato com informações dos sintomas e doenças mais habituais do território, fazendo com que ele vá mais preparado ao encontro do profissional, já com as possíveis suspeitas e queixas mais elaboradas.
Outra importante fala lembrou da importância do vínculo do paciente com o profissional de saúde, importante para superar os preconceitos de modo que o paciente compartilhe suas preocupações com maior segurança.
Assista aqui a live completa do projeto Hanseníase em Rede de interfaces: saúde, educação e sociedade.