Aconteceu virtualmente, mas também de forma presencial, o Seminário de conclusão da primeira fase do projeto de empregabilidade da pessoa com deficiência em Santarém, O Bem viver.

A primeira fase do Bem viver consiste na realização de uma pesquisa junto a 1 014 Pessoas com deficiência e/ou com seus familiares para entender a real situação sócio-econômica desse grupo, no município de Santarém.

Investigando a exclusão social, além das barreiras biológicas e assim, criar melhores oportunidades com o projeto Bem viver.

Os dados e a metodologia da pesquisa estão neste relatório produzido e apresentado pela Associação de Deficientes Físicos (ADEFIS), pela Arquidiocese de Santarém em parceria com a BRASA e a AIFO.

Alguns resultados da pesquisa

Dos entrevistados, 64,90% são trabalhadores autônomos, 29,9% são profissionais contratados por empresas (celetistas) e apenas 23,3% são funcionários públicos.

Aqueles que não trabalham deram como motivos: A Condição física/psicológica (50,9%); discriminação (25,5%); pouca qualificação (25,5%) e desemprego em geral (22,4%), dentre outros fatores.

Revelando lacunas profundas no sistema educacional para garantir o direito das pessoas com deficiência ao ensino, previsto na LDB da educação de 1996: A educação e a qualificação para o trabalho são direitos de todo cidadão brasileiro.

Essa reflexão é confirmada nas respostas de que apenas 39,4% das pessoas com deficiência saem de casa para realizar atividades de estudo, 42,1% saem para trabalhar e 61,8% saem devido a necessidades de saúde, além das atividades de lazer, passeios diversos, trabalho e igreja.

Sabemos que entre os direitos, o de ir e vir também é comprometido e que isso ocasiona na dificuldade de usufruir outros direitos consequentes: somente 3,3% dos entrevistados, acredita que o transporte público está adaptado e acessível às pessoas com deficiência, 81,4% negam a existência de acessibilidade e 15,3% não souberam negar ou afirmar.

O Bem viver além de se esforçar para capacitar seus beneficiários, contará com a metodologia de emprego apoiado, através dos Agentes Diocesanos de Inclusão, estes que acompanharão o desenvolvimento do participante em diferentes níveis sociais, não apenas o de trabalho.

Mesa do seminário com representantes do município, da ADEFIS, do instituto Jô Clemente e da BRASA

 

 

A AIFO é responsável pelo Bem viver, projeto coordenado localmente pela BRASA. O Seminário contou com a participação da pedagoga Márcia Pessoa do Instituto Jô Clemente, a entidade também apoiará nos processos futuros de formação dos Agentes Diocesanos de Inclusão social.

Os fundos do projeto provêm da Igreja Católica Italiana, que destina parte do Oito por Mil do
total da receita total do imposto IRPEF para ajudas caritativas a favor do Terceiro Mundo.

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