Com 369 mil pessoas em condições análogas à escravidão, o Brasil fica atrás somente dos EUA no continente americano: a estimativa sobre a escravidão moderna é da Walk Free Foundation, no seu detalhado e rigoroso The 2018 Global Slavery Index – Indice Global de Escravidão 2018 (o documento completo em inglês pode ser baixado aqui).
Il 2018 Global Slavery Index fornece uma estimativa, por cada país do mundo, do número de pessoas em condição de moderna escravidão, bem como, uma análise das ações governamentais em andamento para contrastar o fenômeno, e dos fatores que tornam as pessoas vulneráveis a condições análogas à escravidão.
De acordo com o documento, 71% das vítimas são mulheres, enquanto 29% são homens. Das 40,3 milhões de pessoas afetadas, 15,4 milhões estavam em casamentos forçados, enquanto 24,9 milhões se encontravam em condições de trabalho escravo. A Ásia representa 62% da estimativa global de pessoas em regime de escravidão.
O Brasil registrou uma taxa de 1,8 pessoas em condição de escravidão moderna para cada mil habitantes. Por outro lado, em números absolutos, o Brasil detém a segunda maior quantidade de pessoas em regime escravocrata na região, com 369 mil habitantes. Os EUA registraram 403 mil pessoas (1,3 para mil).
O Índice Global de Escravidão utiliza pesquisas de referência no mundo para estimar a prevalência da escravidão moderna em mais de 160 países. Pela primeira vez, o relatório se baseia também em dados comerciais sobre produtos em risco de ser produzidos pela escravidão moderna.
Pode ler a matéria completa de apresentação da publicação no site da Deutsche Welle Brasil.