*Dr. Peng Kaiping, Professor da Universidade de Tsinghua – O texto original foi extraído de uma série de publicações para auxiliar a toda a comunidade apoiada pela Organização internacional Rehabilitation International.
Diferente da maioria dos países, no Brasil, a situação pandêmica ainda é alarmante e tem se agravado com o colapso na falta de leitos nos hospitais, tanto da rede pública quanto a privada.
Ainda assim, consideramos importante, fortalecer a mente para continuarmos nosso trabalho com a população, por isso, disponibilizamos o texto traduzido para tentar ajudar nossos parceiros e associados a continuar com mente fortalecida perante a todas essas adversidades.
A mentalidade positiva defendida pela psicologia é um estado psicológico otimista e ascendente, como refletido nos entendimentos e emoções positivas das pessoas. Tal mentalidade pode aumentar muito os sentimentos de saúde, moralidade, significado, felicidade, etc. Especialmente diante de emergências graves; quando a vida está em jogo, ela pode estimular muito a iniciativa, o coletivismo, o heroísmo e o otimismo das pessoas.
Quando as pessoas são confrontadas com dificuldades e pressões, a psicologia positiva defende duas mentalidades que se complementam: uma é estabelecer uma mentalidade positiva orientada para o problema e trabalhar ativamente para resolver problemas práticos; a outra é estabelecer uma mentalidade positiva para a regulação emocional, para ajustar o pensamento e a cognição, e para buscar apoio de múltiplas fontes.
A fim de encontrar uma maneira adequada de lidar com a epidemia, é necessário analisar as causas das mudanças psicológicas do público durante a epidemia e explorar as leis internas. O surto repentino da epidemia perturbou o trabalho e a vida das pessoas. Algumas pessoas não estão psicologicamente preparadas, não têm nenhuma experiência relevante a este respeito e são propensas à ansiedade, confusão, vazio, depressão e outras emoções negativas.
Sobre a COVID-19, embora tenhamos algum conhecimento sobre sua patogênese, ainda temos que desenvolver as medidas de tratamento, prevenção e controle da epidemia, pois leva tempo para realizar pesquisas profundas sobre a doença, o que também é parte da razão das flutuações emocionais e psicológicas das pessoas.
Diante da epidemia e de seus danos, devemos ser lúcidos e conter a tendência ao excesso de pensamento e ao pensamento negativo.
Do ponto de vista do controle psicológico e emocional, quando chega uma crise, as pessoas naturalmente tenderão a se beneficiar e evitar danos, que é o resultado da evolução humana e da seleção natural. Portanto, é normal ter mudanças psicológicas e emocionais diante da crise, mas é desnecessário se preocupar excessivamente, caso contrário, a saúde física sofrerá. Devemos usar meios adequados para aliviar a pressão e olhar para frente.
A vida é colorida e cheia de possibilidades. As pessoas precisam ter um senso de realização, engajar-se na sociedade e ganhar o reconhecimento dos outros.
Embora a epidemia tenha mudado o estilo de vida e o ritmo de vida, a vida tem e continuará, e precisamos seguir em frente. Diante da epidemia, ainda podemos manter um ritmo de vida adequado, estabelecer novas metas e fazer novas conquistas.
Se olharmos mais longe e relaxarmos, podemos encontrar muitas coisas que tendem a ser ignoradas são, de fato, muito importantes. Com tais novas descobertas, podemos ter e manter uma atitude positiva, pois há muitas coisas significativas a fazer. Quando pensamos que compartilhamos as mesmas circunstâncias com pessoas de todos os setores da sociedade, teremos uma mentalidade mais positiva.
Em um certo sentido, a história humana é uma história de luta constante contra vários desastres, acumulando experiências e alcançando vitórias. Afinal, a bruma não pode bloquear a luz do sol; por mais proibitivas que sejam as dificuldades, elas não podem impedir as pessoas de ansiar e buscar uma vida melhor.
Diante da epidemia, devemos manter uma atitude positiva e aderir a uma racionalidade baseada na ciência. Aprendamos todos a ser corajosos, fortes e bondosos e a construir uma forte linha de defesa psicológica, de modo a fornecer uma poderosa fonte de força para combater a epidemia.
Texto original no site da Rehabilitation International.
