Nos últimos 10 anos, 2017 foi o mais violento para as comunidades quilombolas. Em comparação a 2016, houve um aumento de 350% no número de quilombolas assassinados. O dado é parte de um trabalho de pesquisa, apresentada em Brasília o 25 de setembro, promovido pela Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (CONAQ) e a Terra de Direitos, em parceria com o Coletivo de Assessoria Jurídica Joãozinho de Mangal e a Associação de Trabalhadoras e Trabalhadores Rurais da Bahia (AATR).

A publicação “Racismo e violência contra quilombos no Brasil” sistematiza violações decorrentes de criminalizações, ataques, ameaças e violências (incluindo assassinatos) entre 2008 e 2017 e suas relações com os quilombos e territórios quilombolas – possibilitando a identificação de estados e regiões atingidos, dos tipos de conflito, dos agentes violadores e das fases do processo de regularização fundiária do território tradicional.

A sistematização se deu por meio de levantamento de dados com recorte temporal compreendido entre 2008 e 2017 – para mapear o número de assassinatos de quilombolas no período –, e trabalho de campo e organização de informações relativas a 2017 para caracterizar os principais tipos de violência e ameaças contra quilombos, as especificidades e o contexto da violência enfrentada por mulheres quilombolas e o agravamento da violência em alguns estados. O trabalho envolveu pesquisa documental do acervo da CONAQ, notícias em jornais, redes sociais e outras publicações, além de técnicas específicas de amostragem.

Leia a matéria completa, publicada o 26/09/2018, no site do Observatório da Sociedade Civil

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