Projeto de empoderamento feminino por rodas de conversa teve de “diminuir” na pandemia, para regionalmente crescer no âmbito virtual.
Vozes Femininas é um projeto que se iniciou em 2019 com o objetivo de reunir mulheres com deficiência e cuidadoras em maior vulnerabilidade social em São Paulo. A rede de contatos com nomes importantes do movimento pelos direitos da pessoa com deficiência foi a chave para se iniciar um ciclo produtivo de palestras nas regiões centrais da capital.
A ideia inicial era trazer palestrantes que auxiliassem na democratização de um debate que ainda estava exclusivamente presente no âmbito acadêmico, no entanto, após um ano de projeto, foi percebido que poucas mulheres da periferia aderiam a proposta, e mesmo que presentes em um encontro, se viam em maior dificuldade para comparecer nos encontros seguintes.
Com esse aprendizado, a Associação realizadora do projeto, BRASA – Brasil saúde e Ação (www.brasa.org.br) decidiu concentrar os encontros e palestras em apenas uma região, a da Brasilândia, promovendo um encontro piloto na casa de cultura da Praça Benedicta Cavalheiro ainda em 2019.
Otimistas com o resultado, a equipe do projeto foi surpreendida pela pandemia do novo coronavírus. Essa nova conjuntura foi determinante para alavancar os esforços da equipe, pois não só vem afetando diretamente as beneficiárias, com o aumento da violência doméstica contra muitas mulheres em isolamento social, como o território da Brasilândia é um dos que concentra o maior número de mortes por COVID-19 em São Paulo.
“Aprendemos que devemos regionalizar mais o projeto, para com encontros virtuais ampliarmos o impacto dos encontros nas diferentes periferias em que mulheres com deficiência enfrentam a realidade comum de exclusão social” – explica a responsável de comunicação do projeto em 2020.
Vozes femininas agora passa a realizar encontros virtuais: “afetos entre telas”
Os encontros virtuais vêm surpreendendo e cada semana, essas participantes mostram a potência que tem frente a um cenário cheio de dificuldades. Assumem para si a responsabilidade do coletivo e a importância de juntas construírem caminhos inclusivos para as pessoas com deficiência, elas dividem as dores e compartilham os medos, isso faz com que queiram multiplicar essa força em um ciclo virtuoso de empoderamento.
Uma das principais barreiras que impede a inclusão de mulheres periféricas neste cenário é a falta de recursos tecnológicos como ter um celular com acesso à internet, e por isso a BRASA continua buscando doações para ampliar a acessibilidade e a inclusão digital não só nas regiões periféricas de São Paulo, mas também em estados onde a Associação está presente: Tocantins, Goiás, Pará e Rio Grande do Norte.
Para saber mais acesse: www.vozesfemininas.com.br
Para outros tipos de aúxilio, ideias e colaborações entre em contato com Débora – contato@vozesfemininas.com.br ou por WhatsApp (63) 999691643 ou com Gabriela pelo (11) 944071467