O prazo para os partidos realizarem as candidaturas de vereadores e prefeitos se encerrou no último sábado (26) e o número registrado foi o maior de todos os anos. As solicitações são mais de 517.786 registradas na justiça eleitoral.
Entretanto, as mulheres ainda são minorias nas lideranças partidárias, nunca presidiram o senado ou câmara e são apenas 7 entre 36 mulheres que presidem as comissões permanentes no congresso.
Apenas 1 a cada 10 candidaturas para as prefeituras é de mulher
Mesmo que o percentual venha subindo com o passar dos anos, as candidaturas femininas para Câmara Municipal continua baixo até em relação a países de América Latina: 34% de candidatos a vereadores são mulheres. Em 2016, o percentual era de 32% e em 2012, de 31%.
O título do projeto evidencia sua finalidade: problematizar a dificuldade de pessoas negras em frequentar a política e apoiar as candidaturas negras com pautas de direitos humanos a avançarem nas eleições.
Em 2018, o número de candidaturas negras subiu em 93% e para 2020, a estimativa é de aumento desse percentual, graças ao incentivo da proporcionalidade do fundo partidário às candidaturas negras e femininas que passam a receber mais apoio interno para suas campanhas.
Essa cota contribui para garantir a pluralidade nos espaços de tomada de decisão, para que a democracia seja exercida efetivamente, ou seja, de forma que e interesse da população esteja representado dentro das minorias que compreendem o nosso país.
A Agenda Marielle e Plataforma Antirracista nas Eleições (PANE) são estratégias que tem por objetivo, democratizar a política brasileira, esses projetos fazem atenção aos compromissos das candidaturas que defendem políticas públicas antirracistas e em prol das mulheres. Elas auxiliam na reverberação das demandas que são menosprezadas e até mesmo ignoradas pelos representantes brancos, hétero e cis que historicamente constituem a esfera política brasileira.
Outras iniciativas buscam trazer as minorias representativos para lugares de liderança na política, como o “Elas no congresso“, uma ferramente que monitora as pautas ligadas a mulher no direito legislativo, ranqueando o alinhamento dos parlamentares nas ações para as questões de gêneros.