Com o início do mês de Setembro, olhamos para trás no mês em que se passou o Agosto Lilás (mês de aniversário da Lei Maria da Penha) e pensamos na insistente necessidade, não só de um mês destinado para ações pontuais contra a violência doméstica, mas da profunda carência de mudança na mentalidade do nosso país perante ao tema.
Em 2018, o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MDH) recebeu 92.663 denúncias de violações contra mulheres, em todo o Brasil. Sabemos que ainda grande parte das mulheres que sofrem tais violências, se calam. O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) lançou um estudo que apontava que 43,1% dos casos de violência contra a mulher acontecem dentro da casa da vítima e em 36,7% dos casos, a agressão ocorre em locais públicos.
A mesma pesquisa também mostra que em 32,2% das ocorrências, a violência é praticada por pessoas conhecidas, em 29,1% por pessoas desconhecidas e o mais preocupante: em 25,9% pelo cônjuge ou ex-cônjuge.
Um outro relatório do G1, confirma o aumento nos casos de feminicídio. Apenas em São Paulo, foi confirmado o crescimento de 76% nas ocorrências oficiais, isso comparando o 1º trimestre de 2019, com o mesmo período em 2018.
Quanto esse índice tem que aumentar para nos sensibilizarmos? E quantas outras opressões vão continuar sendo naturalizadas até que tomamos atitudes concretas para mudar essa realidade? Vemos que ainda existe a urgência gritante de políticas públicas para combater a violência doméstica, devemos dar atenção e investimento às pesquisas para realizarmos o aperfeiçoamento da Lei Maria da Penha e garantir mais estrutura educacional para a conscientização, desde o início da formação dos jovens.
O que nós da BRASA fazemos?
Realizamos alguns projetos com beneficiárias mulheres em cenários distintos de necessidades e em diversas regiões do Brasil. Conheça esses projetos aqui.
E veja também como você pode fazer para apoiar esses projetos!