A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) tem intensificado o trabalho de combate à hanseníase em todo o Estado. Embora a doença ainda seja considerada um grave problema de saúde pública no Brasil, o trabalho feito no Estado alcança bons resultados. Nos últimos cinco anos, o número de casos novos detectados vem diminuindo.
A Sespa está no terceiro ano consecutivo trabalhando em parceria com o governo federal e as secretarias de educação estadual e municipais, na Campanha Nacional de Hanseníase, Verminose e Tracoma, para detecção de casos novos em alunos de escolares da rede pública na faixa etária de 5 a 14 anos de idade, em todos os municípios paraenses. “Mais de 90 dos municípios paraenses aderiram à campanha. É importante destacar que o Pará é um dos três Estados brasileiros que têm cumprido a meta estabelecida na campanha”, diz o Coordenador Estadual do Programa de Controle da Hanseníase da Sespa, Luiz Augusto Costa de Oliveira.
A Coordenação Estadual do Programa de Controle da Hanseníase da Sespa é parceira da BRASA/AIFO.
Em 2014, considerando os dados oficiais, o número de casos novos de hanseníase registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação foi de 3.321, apresentando um coeficiente de detecção hiperendêmico de 40,98 para cada 100 habitantes na população geral e de 17,35 a cada 100 habitantes na população menor de 15 anos, equivalente a 12,7% dos casos novos detectados. Tanto na população geral quanto na população de menores de 15 anos, os números evidenciam tendência à redução da endemia, demonstrando acerto das medidas de controle adotadas.
“Os indicadores epidemiológicos, com base na série histórica, nos permitem uma visão otimista quanto ao controle da hanseníase no Estado, uma vez que se vislumbra clara tendência ao declínio da endemia”, destaca Luiz Augusto.
O Ministério da Saúde, em parceria com as secretarias estaduais e municipais de saúde, tem promovido anualmente a Campanha do Dia Mundial de Luta Contra a Hanseníase, com intuito de alertar a sociedade civil sobre os sinais e sintomas e incentivar a procura pelos serviços de saúde. A ideia também é mobilizar os profissionais de saúde quanto a busca ativa de casos novos e exame dos contatos entre os registrados, além de divulgar a oferta de tratamento completo no Sistema Único de Saúde (SUS) e promover atividades de educação em saúde que favoreçam a redução do estigma e do preconceito que permeiam a doença.
Com o slogan “Hanseníase: Quanto antes você descobrir, mais cedo vai se curar”, a campanha de 2016 do Ministério da Saúde reforça a importância do diagnóstico na fase inicial da doença, do tratamento oportuno e cura, visando eliminar fontes de infecção, reduzir ou minimizar os sofrimentos causados pelas incapacidades físicas resultantes do diagnóstico tardio.
Atualizado em 31/01/2016 13:41:00