A pandemia do novo coronavírus está escancarando as fragilidades do sistema neoliberal em muitos níveis. Enquanto isso, os Trabalhadores autônomos do Brasil (24 milhões segundo o IBGE) não podem se dar ao luxo de fazer quarentena e muitos ainda aguardam a primeira parcela do auxílio emergencial de ridículos R$600,00.
Precisamos auxiliar a população a florescer empatia pela vida das pessoas, e a buscar recomendações cientificas para minimizar os danos causadas pelo novo coronavírus. O negacionismo e obscurantismo não tem nada a ver com isso e em nada ajudam.
Ao início do isolamento social compulsório no Brasil, em Março. O Datafolha forneceu os dados de que entre a população mais pobre no Brasil, 60% dizem que não teriam condições de continuar trabalhando. Já entre os mais ricos, somente 25% previam alguma dificuldade com o aprofundamento da crise causada pela Covid-19.
E essa é a sensação de ser brasileiro e perceber que muitos ainda não tiveram a quarentena sequer iniciada, por conta dessa severa desigualdade social, que mais agrava as complicações da pandemia.
Somando a isso, nosso presidente da república, com apoio de alguns empresários brasileiros, disseminam ignorância e a utilizam como principal arma para lucrar em cima da morte, ainda negando a gravidade da doença. O Brasil se equilibra na miséria da população agravadas por esse representante, totalmente irresponsável, que proporcionou desnecessariamente, em média, uma aglomeração por dia desde o início da pandemia no Brasil.
O Datafolha ainda publicou que 85% das classes C, D e E sequer acessam a internet via computador por não possuírem o equipamento, ilustrando mais uma forma de exclusão pela qual devemos lutar durante a pandemia: a exclusão tecnológica.
Ficar em casa é um privilégio daqueles que não trabalham em serviços essenciais ou na área da saúde, é privilégio também de quem tem o sustento e direitos trabalhistas garantidos (o que infelizmente, não representa a maioria de brasileiros).