Janeiro Roxo – Em período de ampla discussão a respeito da saúde pública voltada para estratégias de imunização contra a COVID-19, é preciso falar da hanseníase.

Uma doença que continua a crescer e atingir as camadas mais empobrecidas brasileiras, por esse motivo se configura como um problema social e negligenciado até os dias atuais. Seu estigma vem de um longo período, quando o mal ainda era tratado por lepra, a falta de conhecimento acerca do tema, ainda é uma das maiores dificuldades no combate a hanseníase.

O número de novos casos continua a crescer no Brasil, registramos cerca de 30 mil novos casos a cada ano e o país é segundo maior em números infectados pela doença, perdendo apenas para a Índia.

Assim como a covid-19, o seu diagnóstico não é tão simples, mas pela hanseníase ser uma das doenças mais antigas em comparação ao novo mal que leva no nome o 19, justamente por ser descoberta no ano de 2019, podemos afirmar que há desinteresse em se falar, conhecer e assim combater a hanseníase.

O Dia Mundial da Hanseníase 

Recordado em todo último domingo de janeiro, o Dia mundial da Hanseníase é um projeto de luta iniciado há 68 anos pelo missionário que inspirou o surgimento da BRASA, Raoul Follereau, um jornalista francês que percebeu ser preciso haver compaixão, antes de tudo com aqueles que eram dispensados e isolados da vida em sociedade.

Hoje, a doença é completamente tratável e curável de maneira gratuita pelo Sistema único de Saúde (SUS), uma conquista que ainda passa por tribulações devido a falta de compreensão, combatida pelas campanhas do Janeiro Roxo.

Ubs em

UBS na Brasilãndia, pacientes aguardam o atendimento

 

Campanhas virtuais do Janeiro Roxo

Os parceiros da BRASA se preparam para desempenhar campanhas virtuais de debates que promovam maior conscientização a respeito da hanseníase.

As ferramentas digitais tomam lugar dos centros municipais, praças, escolas e até postinhos de saúde, por ainda estarmos em período de restrições oriundas da pandemia da covid-19.

A Associação italiana Amigos de Raoul Follereau, a AIFO já se prepara para a semana do Janeiro Roxo com uma série de conversas virtuais, onde serão promovidos encontros para falar sobre os grandes temas que justificam a vida da AIFO, o trabalho de cooperação internacional em saúde, o Dia Mundial da Hanseníase e outras doenças tropicais negligenciadas.

A BRASA estará presente para contar sobre projetos feitos no Brasil. Além disso, a Associação realiza outros programas de comunicação entre seus parceiros nacionais.

Veja campanhas antigas da BRASA pela semana da luta contra a hanseníase.

Para continuarmos nosso trabalho pela saúde de todos, até mesmo dos mais pobres, precisamos da sua contribuição! Veja como doar e participar das nossas campanhas de conscientização acerca da hanseníase.