O Mapa da desigualdade no Brasil, produzido e publicado pela Rede Nossa São Paulo no dia 5 de Novembro, evidencia dados alarmantes sobre a nossa capital paulista. Entre eles, o aumento da violência contra a mulher e o feminicídio.
A pesquisa mostra o aumento de 167% do ano de 2017 para este último ano de 2018 dos homicídios de gênero. Os registros de violência contra a mulher também aumentaram em 51% no mesmo período. Os bairros com maiores índices foram na Sé e Barra Funda.
No entanto, é importante frisar que ainda existe subnotificações dos casos em muitas regiões de São Paulo, principalmente as mais periféricas.
Podemos relacionar o aumento do número de ocorrências ao aumento de denúncias e da emancipação das mulheres em situações de opressão violenta. Mesmo assim, precisamos cobrar um aumento do investimento e infra-estrutura para receber essas denúncias e responde-las de forma justa e preparada.
O que é Feminicídio
O Feminicídio é um homicídio praticado contra as mulheres simplesmente por ser mulher. Essa violência se dá pelo menosprezo e subjugação da condição feminina. O feminicídio pode ser qualificado como: Violência doméstica familiar, que é a mais comum no Brasil. Ou quando a ocorrência se dá pela misoginia e objetificação da mulher.
Além destes, podemos classificar mais uma violência, que infelizmente é muito recorrente no nosso país. O feminicídio de abortos caseiros ou clandestinos, o chamado de feminicídio reprodutivo.
É uma violência estrutural de um sistema legal e veio a se tornar um problema da saúde pública por ser a causa de tantas mortes. A proibição do aborto não é eficaz contra o ato,só faz com que a mulher busque clínicas ilegais e sem condições sanitárias mínimas, principalmente de mulheres em vulnerabilidade social.