Dados disponibilizados no final de 2021 no Diagnóstico temático de Serviços de Água e Esgoto do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) apontam para a desigualdade da distribuição de água, limpeza urbana e esgoto. As informações foram coletadas junto a prestadores de serviços nos municípios de todo o país.
O Saneamento básico é definido pelo conjunto de serviços públicos, infraestrutura e instalações operacionais de 4 eixos:
1. Abastecimento de água potável
2. Esgotamento sanitário,
3. Limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos
4. Drenagem e manejo das águas pluviais urbanas
Passados dois anos do Marco Legal do Saneamento (Lei no 14.026) que prevê aumento das cobranças para o financiamento de serviços de coleta e manejo de resíduos, nos deparamos com a realidade em que 100 milhões de brasileiros não tem acesso à coleta de esgoto e 35 milhões não tem acesso à água tratada.
Fome no Brasil atinge recorde e programas sociais perdem incentivo do governo
Mesmos dados do SNIS mostram que apenas a região sudeste tem percentual de investimentos necessários para suprir os déficits de abastecimento de água e saneamento básico, é uma das regiões com menor disposição de água, com a região nordeste são 69% da população com menos de 10% do volume de água disponível para o consumo
Infelizmente, para atenuar o problema, a estratégia do Ministério Público do Desenvolvimento Regional é de leiloar o serviço para empresas privadas assumirem a gestão de estados das regiões em que os investimentos são insuficientes, como tem sido feito na região norte.

Em momento de reflexão sobre capacitação de Agentes populares de saúde do projeto Hanseníase em redes
Saneamento básico e saúde de toda a população
A Associação Brasil saúde e Ação está presente na região Norte, Sudeste e Nordeste com projetos de saúde diretamente relacionados ao acesso à alimentação de qualidade e a água tratada. São direitos fundamentais para a condição da vida digna e para isso, trabalhamos com educação e valorização da cultura popular para coletivamente construir o cuidado.
Como com o projeto Hanseníase em redes de Interfaces em Mossoró no Rio grande do Norte, em que foram treinados e reunidos agentes populares de saúde, pessoas pertencentes à comunidade dos serviços de saúdes, usuários e profissionais, para desenvolverem atividades de educação pela proteção da saúde de seus territórios, especialmente relacionados a sintomas da hanseníase. Doença de endemicidade na região.
Os projetos da BRASA nas regiões citadas contribuem para os Objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU (ODS): ODS 1 – Erradicação da Pobreza, acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os lugares. ODS 2 – Fome zero e agricultura sustentável: acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria da nutrição e promover a agricultura sustentável. ODS 3 – Saúde e bem-estar: assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades.
O que a BRASA está fazendo para diminuir o problema da desnutrição
Informações extraídas do Observatório do Terceiro Setor e do Sistema Nacional de Informações sobre o Saneamento (SNIS)