Entre as incertezas e a sabotagem ativa do poder executivo brasileiro no enfrentamento da pandemia, especialistas e técnicos se preocupam com uma segunda onda de contágio, se preocupam ainda mais, com  incompleto plano nacional de operacionalização da covid-19, publicada pelo Ministério da Saúde no portal oficial da pasta. Somando isso a um infeliz salto de mais de 180.000 vidas, os movimentos sociais se organizam pela defesa da vida.

A campanha da Frente pela vida e Vacina para todos surgem para pressionar o governo federal e o Congresso Nacional por mais financiamento no Sistema único de saúde (SUS), pela revogação do teto de gastos da EC95 de forma que amplie e direcione esforços pela vacinação saúde de todos os brasileiros.

card vermelho oficial da Frente pela vida em cor vermelha com letras pretas ao centro
card oficial da frente pela vida. fundo roxo com letras brancas ao centro do card
                                       card oficial do frente pela vida fundo verde escuro com letras brancas
 card azul marinho da abong para a campanha vacina para todos e todas. Imagem em transparência de uma mulher. com os títulos em letras brancas -
                                                                                          card da abong em transparencia roxa, a imagem de um homem idoso de boné na cabeça com o título em letras brancas e fonte grande

Avanços históricos no SUS

O texto intitulado “Uma guerra da Vacina no séc XXI?” no portal “Outras palavras” recorda momentos em que a ativação da sociedade proporcionou avanços no direito à saúde:

“A esta altura, parece só restar uma saída para vencer o boicote do governo: mobilizar a própria sociedade e pressionar as instituições. Há meios e precedentes para isso. A luta em defesa da Saúde foi capaz, mesmo em tempos sombrios de ditadura, de sensibilizar a população (em especial, as periferias). O SUS surgiu, em grande medida, como fruto deste combate. Mais recentemente, a garantia do acesso a medicamentos impulsionou reivindicações e conquistas memoráveis. O Brasil foi pioneiro na distribuição gratuita do coquetel de drogas que impede o adoecimento dos portadores de HIV. O próprio Poder Judiciário, em outros aspectos tão conservador, tem histórico de obrigar o governo a fornecer remédios necessários à preservação da vida. E desde 7/12, quando o governador de São Paulo confirmou o início da vacinação em janeiro, surgiram, para o bolsonarismo, um contraponto e um constrangimento graves.”Recorda Antonio Martins em seu texto para o OP.

A associação brasileira de ONGs (ABONG) em parcerias de entidades sociais expressivas no Brasil, elaborou a Rede solidária pela Vacinação de todos e todas, com o site oficial auxilia outras organizações e pessoas físicas a pressionar parlamentares pela aprovação do projeto de lei, a PL1462/2020 o projeto de lei que impede a criação de monopólios para tecnologias, insumos e tratamentos contra a covid-19 e em eventuais novas pandemias, fundamental para garantir produção suficiente e acesso equitativo para todas as pessoas.

A BRASA apoia e divulga essas iniciativas, pois há mais de 60 anos desempenha programas de ação social pela saúde como um direito fundamental de todos. Em sua história, presenciou em perseverança, momentos delicados em que o acesso à saúde era ainda mais inalcançáveis, especialmente tratando-se de doenças negligenciadas por atingirem as populações mais pobres. Mesmo assim, o contexto nacional de enfrentamento à pandemia mostra que é preciso continuar lutando pela vida dessas pessoas.