O fim do Auxílio emergencial deixou 22 milhões de pessoas sem a renda. Somado a isso, o aumento no valor da cesta básica vem afetando a condição nutricional de muitos brasileiros, o que faz com que a fome no país seja um problema de difícil reversão.
Dados do Inquérito nacional sobre insegurança alimentar na pandemia da covid-19 da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan), publicado em dezembro de 2020 apontam que 19 milhões de brasileiros passam fome e 55% das famílias do país estão em insegurança alimentar em algum nível: leve, moderada ou grave.
Esse quadro causa ainda mais indignação quando lembramos que o fim do ano é época de reunir a família para celebrar, seja por fins religiosos ou não, mas ao invés disso, serão milhares de famílias brasileiras sem ter o que comer neste natal.
A mesma pesquisa da Rede Pessan pontua que o valor da cesta básica aumentou em 30% desde 2019. A situação se compara a de 1974, período de diversas crises ocorridas na ditadura brasileira.
Mesmo que a solidariedade das pessoas neste fim de ano, empenhadas na distribuição de alimentos e cestas básicas, seja uma aliada para conter a miséria, sozinha ela não resolve. É preciso colocar em prática, efetivos programas governamentais de distribuição de renda digna, que não só garanta a alimentação, mas o bem-estar dessas famílias.
Combate à desnutrição infantil: ação multissetorial no território do Porto Nacional
A BRASA vem desempenhando projetos em parcerias para contribuir na reversão dessa onda de insegurança alimentar.
Em Porto Nacional, no Tocantins, tem realizado cursos de geração de renda, de aproveitamento dos recursos alimentares, rodas de avaliação nutricional e de distribuição de cestas básicas com famílias em situação de insegurança alimentar.
O Projeto é realizado pelo Centro de recuperação infantil da COMSAÚDE, financiado pela União das Igrejas Valdense e Metodista Italiana, com fundos do “Oito por Mil” da declaração de imposto de renda das pessoas físicas dos residentes na Itália sob a responsabilidade geral da ONG internacional de origem italiana AIFO.