Mas hoje vamos falar de outro grupo que se encontra em risco: os jovens do Brasil, esse grupo que corresponde a 23% da nossa população, e com a pandemia, enfrentam a piora na saúde física, mental, riscos relacionados a evasão escolar, perda de trabalho e renda.
O Conselho Nacional da Juventude (CONJUVE), em parceria com Fundação Roberto Marinho, Rede Conhecimento Social, Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), Em Movimento, Visão Mundial, Mapa Educação e Porvir, lança a pesquisa Juventudes e a Pandemia do Coronavírus, um estudo realizado com 33.688 jovens de todas as regiões brasileiras.
A pesquisa abordou os temas de saúde, emprego, educação, bem- estar e expectativas para o futuro relacionando as vivências da pandemia da covid-19.
A pesquisa completa, bem como a sua metodologia, processo, resultados e até algumas falas interessantes ditas por jovens da pesquisa, estão neste link.
O documento mostra que uma parcela significativa de jovens, principalmente negros (54%), não possui um notebook e por isso, se esforçam para acompanhar aulas de ensino à distância por aparelhos celulares.
Além disso, 2 a cada 10 jovens afirmaram que suas instituições de ensino não está oferecendo nenhuma atividade a distância.
Outra análise feita pela pesquisa concluiu que 50% dos jovens entrevistados estão trabalhando, ainda que aproximadamente 7 entre 10 jovens não são financeiramente independentes.
Muitos que moravam sozinhos, tiveram que voltar a morar com os pais por consequências financeiras da pandemia. Há uma proporção maior entre jovens negros que pararam de trabalhar por conta do novo coronavírus.
Um outro fator que chamou a atenção foi que 29% dos jovens assumem a piora drástica na saúde emocional, já 41% dizem piorar um pouco, 22% dizem manter a mesma condição da pré pandemia.
No blog da BRASA, começamos a publicar alguns relatos de jovens, amigos da associação e o que dizem nossos colegas, também está refletido na pesquisa.