A comunidade italiana pela cooperação internacional está organizando o Terceiro festival de Puglia para o desenvolvimento. Vão se reunir, pessoas oriundas da Guiné Bissau, Moçambique, Brasil, Palestina para discutir o tema: “Pessoas, comunidade e desenvolvimento inclusivo”.

Outro assunto para debate que a Comunidade italiana trouxe na última Quinta-feira (19) foi o setor privado, do qual precisamos aproximação e apoio para aumentar os esforços coletivos e mobilizar recursos, parcerias e soluções inovadoras e alcançarmos os objetivos de desenvolvimento sustentável da Agenda de 2030 da ONU.  Ou seja, não podemos contar exclusivamente com o setor público ou privado, é importante unir as duas esferas em colaboração.


O tema de ação entre setor público e privado abre uma ampla discussão. Por um lado, organizações internacionais e muitos governos continuam a proclamar o mantra de que as empresas e o setor privado são agora o único ator capaz de garantir a consecução dos ODS (Objetivos de desenvolvimento sustentável) e, por outro, boa parte da sociedade civil e do mundo da pesquisa que teme que empresas privadas possam se apropriar dos objetivos desenvolvimento apenas para alcançar novos mercados e gerar lucros mais fáceis.

É nesse contexto que em julho passado, em Nova York, durante o Fórum Político de Alto Nível das Nações Unidas, o GPEDC – Parceria Global para Cooperação Efetiva no Desenvolvimento – apresentou os chamados princípios de Kampala sobre o setor privado engajamento (PSE) na cooperação para o desenvolvimento. Esses são os principais ideais em comum que vieram para anular essas diferentes interpretações do mundo de instituições e de grandes doadores. 

Os princípios de Kampala foram estruturados para garantir a inclusão em nível nacional e fornecer um guia regulatório para parcerias do setor privado, a fim de facilitar a ação no para governos, parceiros de desenvolvimento, setor privado, sociedade civil e sindicatos. Uma vez que podemos afirmar que os empresários não compreenderam a diferença entre fazer negócios e fazer cooperação e não identificou a linha de fronteira entre o compromisso de gerar lucrar e o de agir em benefício das pessoas e do planeta.

OS 5 princípios identificados em detalhes:

1. Propriedade Inclusiva do País: Fortalecer a coordenação, alinhamento e assim por diante em nível nacional. 

2. Resultados e Impacto Direcionado: alcançar resultados de desenvolvimento sustentável por meio de benefícios mútuos.

3. Parceria inclusiva: promovendo a confiança através do diálogo e da consulta inclusiva.

4. Transparência e responsabilidade: medir e disseminar os resultados do desenvolvimento sustentável para a aprendizagem

5. Não deixe ninguém para trás: reconheça, compartilhe e mitigue riscos para todos os parceiros.

Os princípios são aplicáveis ​​a todos os grupos de partes interessadas, incluindo governos, empresas nacionais internacionais, associações empresariais, pequenas e médias empresas, parceiros de desenvolvimento, sindicatos, sociedade civil, institutos de pesquisa e fundações.

Os princípios baseiam-se e integram os princípios para uma cooperação eficaz no desenvolvimento (aqueles estabelecidos internacionalmente no Fórum de Roma, Paris, Accra, etc). Comparados a estes, eles também incluem um elemento adicional, a saber, um foco no gerenciamento eficaz de riscos.