A análise da pesquisa PNAD Contínua 2022 – Pessoa com Deficiência oferece uma quantidade realmente significativa de informações sobre a condição da pessoa com deficiência em comparação com o total da população do Brasil. Entre as muitas leituras que é possível fazer, sublinhamos agora as desigualdades com relação ao acesso ao trabalho formal.

Conforme os resultados da PNAD Contínua 2022 – Pessoa com Deficiência: “São consideradas ocupações informais as pessoas como ‘empregado no setor privado, exclusive trabalhador doméstico – sem carteira de trabalho assinada’, ‘trabalhador doméstico – sem carteira de trabalho assinada’, ‘empregador sem CNPJ’, ‘conta própria sem CNPJ’ e ‘trabalhador familiar auxiliar’ no trabalho principal. O mercado de trabalho brasileiro já é característico por conter uma parte expressiva de seus trabalhadores na informalidade. Todavia, para as pessoas com deficiência, o aspecto informal das ocupações é ainda mais significativo.”

Prova disso é que, por exemplo, o 55,4% dos homens com deficiência trabalha informalmente, enquanto tal porcentagem desce para 40,0% no caso de homens sem deficiência (PNAD Contínua, 2022, IBGE).

Além disso, a taxa de informalidade é de 54,5% para as mulheres com deficiência, e é inferior de quase 18 pontos percentuais (36,9%) para as mulheres sem deficiência.

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