Entidades representativas de pessoas com deficiência garantem que uma das maiores barreiras não é a física, mas a atitudinal. E no bojo da constatação, os organismos asseguram que é preciso estimular o hábito de se reclamar, pois do contrário a efetivação de mobilidade e acessibilidade nas áreas urbanas continuarão comprometidas e excluindo pessoas com deficiência.
O registro de ocorrências pode ser feito pelo telefone 156. Afinal de contas não existe melhorias e nem políticas públicas sem estatísticas. As reflexões foram feitas durante Debate sobre Políticas Públicas para Pessoas com Deficiência no Estado de São Paulo. O encontro teve como foco a mobilidade urbana, que, junto com a acessibilidade, está entre as principais necessidades desse público.
O evento aconteceu no plenário Juscelino Kubitschek, da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), no último dia 23 de setembro, entre 13 e 17 horas, e foi promovido pelo deputado Carlos Giannazi. Outro ponto que dominou os debates foi o transporte coletivo urbano.
Umas das propostas apresentadas para melhorar os deslocamentos das pessoas com deficiências seria a substituição dos cobradores nos ônibus adaptados acessíveis por um agente de inclusão. Os participantes alegaram que haveria uma facilitação na rotina do usuário com deficiência.
Atualmente, a frota paulistana é composta por cerca de 15 mil ônibus, sendo que a maioria está equipada para conduzir pessoas com deficiências. O problema está tanto na manutenção dos elevadores, quanto no auxílio disponibilizado aos seus consumidores. Sinalizou-se, ainda, que a frota paulistana padece de tecnologia de ponta, tornando ainda mais excludente o serviço público.
Para minimizar transtornos e agilizar o embarque, o CittaMobi tem sido muito utilizado por pessoas com deficiência visual. Com o CittaMobi, o usuário pode consultar a previsão de chegada do ônibus em tempo real, baseada na localização do veículo. Disponível para Android e iOS. O CiottaMobi é subvencionado pela SPTrans.