Está em andamento o projeto Bem-Viver Ribeirinho, realizado pela BRASA em colaboração com a Associação de pessoas com deficiência de Santarém (PA), ADEFIS.
Os Agentes Ribeirinhos de Inclusão Social (ARIS), compostos por pessoas com deficiência dessas comunidades, estão na fase final da sua formação, garantida pelos Coordenadores de Inclusão Social (CIS), já treinados e atuantes em projetos anteriores da BRASA e do parceiro local ADEFIS.
A formação teve uma etapa inicial nas comunidades ribeirinhas, durante os meses de junho e julho, seguida de acompanhamento pela especialista de empregabilidade e pela psicologa do projeto.
Sucessivamente, houve uma segunda etapa presencial em Santarém, na sede da ADEFIS, durante a qual a formação tomou um viés cada vez mais prático e experiencial, tendo em vista o trabalho de mapeamento e de diálogo que os/as ARIS vão desenvolver nos próximos meses.
Desta forma, o projeto pretende chegar a 100 pessoas com deficiência (e familiares), entre os habitantes de comunidades localizadas nas margens do baixo rio Arapiuns, um afluente do rio Amazonas, num raio de cerca de 200 km do centro da cidade de Santarém. As comunidades ribeirinhas incluíam uma área de Assentamento Rural e outra área da Reserva Extrativista Tapajós Arapiuns, com 17 comunidades fluviais e 12 aldeias indígenas, em todas as 29 localidades.
Esse público é moldado, etnicamente, por uma prevalência indígena, mas com uma grande presença de caboclos e mestiços, resultado da ampla hibridização com colonizadores e população de origem africana. Assim, surgiu a peculiar população ribeirinha amazônica, dotada de uma cultura rica e variada, que, para realizar suas atividades de agricultura, pesca, artesanato e reprodução, acompanha a dinâmica das cheias e fluxos fluviais (secas e enchentes).
O projeto Bem-Viver Ribeirinho é realizado graças ao apoio fornecido pelos fundos “Otto per Mille” (Oito por Mil) da Igreja Valdense Italiana.