Um dos objetivos do Congresso Internacional da Rede Unida é promover a troca de experiências entre movimentos sociais das áreas da educação e da saúde, trabalhadores da saúde, usuários do SUS, pesquisadores, estudantes, professores, e gestores do Brasil e de diversos países.

A BRASA esteve presente nas mesas de diálogo, praças virtuais de intervenções artísticas e lançamentos de livros para aprender e compartilhar as próprias experiências enquanto Organização da Sociedade civil com projetos de saúde coletiva em especial pelo desenvolvimento da pessoa com deficiência.

O papel da cooperação internacional do desenvolvimento da atenção em saúde e do exército da cidadania no âmbito das comunidades foi tema de uma dessas mesas, em que AIFO – Associação Italiana amigos de Raoul Follereau uniu países onde está presente há mais de 50 anos na cooperação internacional, realizando projetos sociais na área da saúde.

Mediada pelo Coordenador geral da BRASA (Associação que representa a AIFO no Brasil) Stefano Simoni, e com os convidados, Arniel Izaguirre Silot, Representante da ONG AIFO em Guiné-Bissau, Nordino Ibraimo Sulemane colabora com AIFO como Consultor Internacional em Saúde Comunitária no contexto de Moçambique e Juliana Russo, Responsável técnica do projeto Vozes Femininas, realizado pela BRASA.

“O Congresso da rede unida possibilita a comparação e a exploração do conceito de cooperação internacional entre pares, trocando as melhores experiências entre os países, compartilhando sucessos e insucessos e ampliando redes” Abre a mesa Stefano Simoni.

Os contextos trazidos são de países distantes do Brasil, mas que possuem realidades muito similares no âmbito social e da saúde. Além de serem territórios de língua lusófonas, ou seja, que falam Português, o que possibilitou troca verdadeira entre os convidados e ainda, garantiu a participação efetiva daqueles que estavam assistindo.

Foi possível perceber a forte presença de projetos que incluem processos de coletivização e capacitação de pessoas da comunidade para valorizar o conhecimento do território, assim como na Guiné-Bissau, Moçambique e a Brasilândia (região paulistana onde o projeto Vozes femininas se desenvolve) a formação do coletivo se mostra essencial em um ambiente onde a saúde não é democratizada.

A promoção de grupos e da formação dos agentes auxilia no desenvolvimento da cidadania dos usuários, possibilitando assim, um diálogo mais justo entre a comunidade e o poder público para que exijam melhorias na saúde pública de seus territórios.

 

Veja a gravação completa da mesa