O que vem a ser uma das maiores barreiras à pessoas com deficiência é o acesso à informação. Essa uma minoria que é incansavelmente excluída não só dos espaços de tomada de decisão, mas também no acesso desigual a informações, seja sobre surtos e/ou disponibilidade de serviços. O que naturalmente isola o indivíduo da sua comunidade, não só fisicamente, mas em todos os outros campos, gerando barreiras sociais.
Recomendações baseadas na convenção de direitos da pessoa com deficiência (CDPD)
Um projeto financiado pela União Europeia – O Bridging the Gap (preenchendo lacunas) atua em cooperação internacional entre os Estados-Membros como partes na Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (CDPD) para realizar ações que promovam a inclusão da pessoa com deficiência em diversos países. Entre essas ações, a organização elaborou algumas recomendações para reduzirmos tais barreiras sociais e principalmente diminuir os danos causados pela pandemia do novo coronavírus.
Nesse documento, o BTG recomenda primeiramente, a busca ativa para coletar feedback das pessoas com deficiências em relação aos materiais informativos para que utilizem linguagem clara e simples e principalmente, em formatos acessíveis como letras grandes e braille. Além disso, os canais de comunicação devem oferecer diferentes outros conteúdos, como materiais online para pessoas que utilizam tecnologia assistida
A maior recomendação vem de todos os órgãos que são referência internacional em inclusão e acessibilidade: Envolver organizações de pessoas com deficiência em consulta e tomada de decisão. De maneira que a abordagem seja personalizada para atender necessidades individuais (cuidadores pessoais) e também que envolva coletivos e outras redes de apoio social.
É importante também que as equipes de envolvimento da comunidade sejam equilibradas em termos de gênero e que promovam lideranças das femininas dentro estes. Para que assim possam fornecer conselhos específicos para pessoas – geralmente mulheres – que cuidam de crianças, idosos e outras pessoas vulneráveis grupos em quarentena e que talvez não consigam evitar contato próximo.