“Viver em São Paulo: Relações Raciais” – Edição de 2020 da pesquisa Rede Nossa São Paulo em parceria com a Ibope Inteligência levantou dados a respeito das percepções do paulistano quanto a discriminação racial na cidade.
Além das compreensões acerca do racismo, o documento evidencia dados referentes ao o que o paulistano considera serem as melhores medidas de combate ao preconceito e a violência contra a população negra e ainda, qual consideram ser o papel dos brancos nesse contexto.
Foi percebido aumento do racismo em São Paulo nos últimos dez anos, alcançando 83% das respostas as outras 34% das pessoas entrevistadas a discriminação se manteve e para 14% diminuiu.
82% dos paulistanos respondeu que declarações com conteúdo racista ou preconceituoso feitas por políticos estimulam o racismo ou o preconceito.
Indagados sobre últimos casos de racismo em empresas de entrega por aplicativos, 90% da população paulistana afirma que as empresas devem se envolver para prevenir e assegura um ambiente antirracista. Apenas 6% acreditam que as empresas não devem se envolver.
Para 75% da população paulistana, o racismo é um problema central na cidade e deve ser enfrentado com políticas públicas específicas e, para 43%, já temos ferramentas suficientes para combater o racismo.
Mais alguns dados da pesquisa
A grande maioria das pessoas entrevistadas (85%) concorda que o racismo prejudica o desenvolvimento da cidade de São Paulo; 84% concordam que a violência policial afeta principalmente as pessoas negras;
Ainda, 80% concordam que aumentar a representatividade das pessoas negras na política e nos cargos de poder contribui para diminuir as desigualdades estruturais; e 77% que os partidos devem dedicar fundos de forma proporcional às campanhas de candidatas(os) brancas(os) e negras(os) 77%.
Para 75% da população paulistana, o racismo é um problema central na cidade e deve ser enfrentado com políticas públicas específicas e, para 43%, já temos ferramentas suficientes para combater o racismo.
A BRASA concorda com as respostas majoritariamente assinaladas neste levantamento, como uma organização social sediada em São Paulo, presenciamos com os paulistanos, a violência da polícia, a falta de oportunidades, a discriminação e a desigualdade exercida quotidianamente pela falta de serviços sociais, de saúde e educação nas periferias.
É importante frisar o posicionamento de que políticas públicas representam o melhor caminho para informar, unir e reparar o racismo estrutural, assumindo que o setor privado também tem grande responsabilidade em inserir os negros no mercado e combater discriminações na nossa sociedade capitalista.