Estamos publicando alguns relatos de pessoas amigas da nossa associação, para entender como elas estão enfrentando a pandemia e sobre os demais temas que tangem o assunto: O isolamento social, as políticas públicas e as mudança nos hábitos para se adequar as recomendações sanitárias da OMS.

Somos uma entidade que pratica a colaboração internacional e que opera em seis estados brasileiros. Por isso, pensamos que algumas reflexões pudessem surgir ao revelar essas experiências, em distintas identidades sociais das pessoas com quem nos relacionamos.

Viver sendo um grupo de risco da COVID-19 requer um cuidado maior e a preocupação com a saúde se torna protagonista na rotina da pessoa. Estamos entrando no mês de Julho, quase completando os 100 dias de pandemia no Brasil. Os casos contabilizam em 853.000 contaminados e desses 61.884 vieram a perder a vida.

Eis o relato que a amiga da BRASA nos enviou ainda no dia 13 de Junho.

Sou mulher com deficiência, mãe, esposa, servidora publica, profissional do serviço social dentro da minha entidade. Como mulher com deficiência sou do grupo de risco, muito difícil, cuidado redobrado, em alguns momentos vem a preocupação com a saúde.

Como mãe eu ainda estou me adaptando a nova rotina da minha única filha de cinco anos, muitas perguntas devido nossa rotina antes da pandemia ser bem social (fazíamos programa em família frequentemente) não esta sendo fácil pra ela entender o por quer de tantas mudanças.

Como esposa, meu esposo e companheiro, amigo, essa tem sido a parte mais fácil de lida com o isolamento social, tenho total apoio e compreensão da parte dele. Servidora publica as atividades estão sendo realizadas remotas.

Assistente social dentro da minha entidade, não pude parar, meu dever como profissional, sócia, membro da diretoria neste momento foi de buscar apoio biopsicossocial e financeiro, para ajuda os nossos mais de oitocentos associados com deficiência. Saber como estão, se estão sabendo lidar com o isolamento social, as prevenções, a parte socioeconômica.

Se colocar no lugar do outro, isso tem dado forças e mesmo sendo do grupo de risco preciso continuar na luta em busca dos direitos das pessoas com deficiência. A pandemia esta trazendo aprendizado que vou levar pra vida toda, a cada pessoa visitada, atendida, ouço relatos de superação, mas também desanimo e tristeza. Mas graças a Deus estamos bem, firme e forte na luta contra esse vírus.

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