A hanseníase é uma doença crônica, transmissível e de notificação obrigatória no Brasil. Ela atinge os nervos, retira a sensibilidade da pele e pode até atrofiar membros. Os sintomas são pequenas manchas que se espalham pelo corpo e ficam insensíveis ao toque, a sensações de calor ou frio ou até mesmo de dor. Mas apesar do estigma por conta das sequelas, a hanseníase tem tratamento. No Pará, a taxa de cura da doença é de 76,9% dos casos, segundo a Secretaria Estadual de Saúde.

Por conta da falta de conhecimento sobre hanseníase por parte da população, muita gente tem medo de ter contato com quem está doente. Quase sempre existe um preconceito, que já começa a partir do recebimento do diagnóstico. Esse foi o caso do funcionário público Augusto Picanço, que trabalha em uma Unidade Básica de Saúde e, ao ter contato com um paciente, também foi infectado.

“Para mim foi um choque, eu não esperava. Comecei a chorar, me desesperei. Passei por psicólogo e foi um trauma muito grande, eu fui à loucura. Comecei a me isolar da família. Fiz o tratamento de um ano. Tive apoio, graças a Deus, da família, da direção, dos funcionários de onde trabalho até hoje. Terminei o tratamento, fiz a medicação e agora recebi a alta por cura, graças a Deus, e vivo a minha vida normal. Por mais que eles (médicos) falassem: ‘a sua vida não vai mudar em nada, não precisa se afastar, não precisa se separar de nada, leve uma vida normal, é só fazer o tratamento, porque a doença tem cura, não pode é faltar ao tratamento”, conta Augusto.

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