No dia 14 de setembro o Brasil foi denunciado durante reunião do Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), em Genebra. A acusação é o alto risco de um genocídio indígena no país.

A acusação foi apresentada pelo Conselho Indigenista Missionário (CIMI). A entidade relatou que houve uma “profunda extinção dos povos indígenas no Brasil. No último século, a população indígena foi de 4% para 0,4%”.

As ameaças de morte nos últimos anos foram o principal alvo das denúncias. A taxa de homicídio na população Guarani – Kaiowa em Dourados (MS) é de 88 para cada 100 mil habitantes. Isso é quase o triplo da taxa média do país.

“Até agora os povos indígenas não obtiveram justiça por graves violações, passadas e recorrentes, uma vez que são também excluídos no processo de memória do Brasil”, disse Paulo Lugos Arantes, que leu a denúncia em nome do CIMI.

“A Comissão Nacional da Verdade no Brasil identificou políticas específicas e deliberadas, por parte do regime militar de extermínio dos povos indígenas e políticas horríveis, como o desfile público de indígenas submetidos a tortura”, declarou Arantes.

A ONU aguarda a resposta do Brasil diante das denúncias. Pelas regras, o país tem direito à réplica das acusações.

Leia o artigo original no site do Observatório do Terceiro Setor