Em 2022 presenciamos o pior orçamento dos últimos anos enviados para o enfrentamento da violência contra a mulher. Foram apenas 13 milhões voltados para políticas públicas na pasta. No ano sucessivo, foi aprovado no Congresso, um aumento da quantia para R$ 33,1 milhões.

O novo valor ainda é bem menor do que as verbas aprovadas dos anos 2019 a 2021.

Em Nota técnica, o INESC (Instituto de Estudos Socioeconômicos) publicou análise das recentes mudanças orçamentárias nos quatro anos de mandato do governo Bolsonaro e as consequências se perpetuam até os dias atuais.

Ainda por cima, o até então chamado Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) não utilizou 70% da verba destinada a para políticas públicas no período de maior alta nos casos violência doméstica. Período da Pandemia da covid-19 em 2020.

Clique para entender melhor o desfinanciamento das políticas públicas de enfrentamento à violência contra as mulheres e os números graduais de queda no orçamento.

As ações de combate a violência contra a mulher devem ser transversais e considerar os grupos de marcadores sociais mais vulneráveis. Como as mulheres da periferia, mulheres pretas e mulheres com deficiência, observando suas interseccionalidades.

Essas ações devem estar presentes em todas as áreas, a saúde, a autonomia econômica, educação, proteção social, acesso a moradia, cultura, lazer e transporte. Além de ações que incidam diretamente na proteção a violência contra a mulher e o feminicídio.

O coletivo autônomo Vozes Femininas vem tentando sobreviver com baixos recursos para ações destinadas a divulgação dos direitos humanos destinados a pessoas com deficiência e, mais especificamente às mulheres.

recorte específico de duas mulheres sentadas uma ao lado da outra, uma tem mãos uma bengala e a outra um nenem.

Mulheres com deficiência e cuidadoras de seus familiares com deficiência representam um dos grupos de maior vulnerabilidade, seja por falta de acesso aos direitos, de mobilidade e transporte de qualidade, seja pela falta de ações que incidam nesses problemas.

Junta a BRASA, o grupo Vozes Femininas espera conseguir levantar dados sobre pessoas com deficiência no que tange a saúde, educação, lazer e trabalho para, com informação necessária, apoiar a criação de novas políticas públicas a nível municipal e para isso, articula a ampliação e parcerias no território em que já está presente, a Vila Brasilândia e a Freguesia do Ó, na Zona Norte de São Paulo.

Economia Solidária é um dos maiores aliados da Mulher

produtos expostos na feira de artesanato com mulheres por trás das mesas

 

“O Coletivo de Mulheres Negras e Populares é um agrupamento da AMB e um serviço da ONG COMSAUDE em Porto Nacional-TO, é como se fosse um pingo de água no meio do oceano, mas esse pingo de água faz a diferença para muitas mulheres em Porto Nacional (nas rodas de conversas percebemos como se fosse um espaço de desabafo e alívio para nossas dores, a nossa metodologia de fundo de quintal ah! Que lanches gostosos! Gargalhadas! Inúmeras vezes temos nós mesmas para conter nossas lágrimas), nossas cestas de alimentos e solidariedade! Nossas mensagens no whats! Os telefonemas demorados! A orientação para os quintais produtivos! Tudo isso tem contribuído para algumas mulheres serem diferentes. Ontem em comemoração o dia 8 de Março (Dia Internacional da Mulher), realizamos a Feira Popular Solidária das Mulheres da Comunidade do Setor Jardim Municipal em Porto Nacional-TO, fazendo a reflexão sobre, Justiça econômica para as mulheres, foi um espaço de comercialização e troca de saberes, foi comercializado bolos, tortas, paçoca, mudas de plantas, artesanato em vidros, artesanatos, bazar de roupas e calçados usados, arroz sirigado.” – Fonte Instagram COMSAÚDE 

Para dar uma lupa no suporte de autonomia econômica, um dos maiores alicerces para garantir a justiça social das mulheres. Um dos parceiros mais antigos da BRASA, a Organização social, COMSAÚDE vem promovendo feiras de economia solidária.

Em março, A Feira de Economia solidária da COMSAÚDE foi plataforma para produtoras do campo e artesãs da cidade de Porto Nacional, no estado do Tocantins. Elas mostraram e venderam seus trabalhos.

A Potencialidade de todas as mulheres envolvidas com a BRASA enche de orgulho, todo o avanço das lutas sociais são graças as mulheres, as mulheres com deficiência, as mulheres negras e periféricas, as mulheres LBT e de povos originários do Brasil e de todo o mundo.

Nosso trabalho é para apoiar todas as reivindicações da luta feminista e apoiar a vida de todas vocês!

roda de mulheres em ginásio com fáixa grande presa no teto escrita "Justiça para as mulheres

NHR: Quais são as demandas de lideranças femininas contra a hanseníase?