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A hanseníase é uma das 20 doenças tropicais negligenciadas (DTNs) que afetam mais de um bilhão de pessoas em todo o mundo a cada ano, causando incapacidade e estigma. 50% das pessoas afetadas pelas DTNs são crianças com menos de 14 anos. Todas são doenças curáveis e têm causas comuns: pobreza, falta de higiene e nutrição adequada e sistemas de saúde locais muito fracos.

A hanseníase pode atingir pessoas com qualquer condição econômica e social, mas é entre a população mais pobre e marginalizada que ela gera os maiores estragos, por causa de dificuldade de acesso aos serviços de saúde, por causa do preconceito, e por tantas outras razões logísticas, culturais e sociais.

Os sintomas da hanseníase não sempre são imediatamente reconhecíveis. Precisa de diagnóstico certeiro, e nem sempre os serviços de saúde dispõem de profissionais oportunamente preparados. Se não for tratada a tempo, ela pode levar a deficiências até mesmo muito graves. O número anual de pessoas diagnosticadas aumentou no mundo do 23,8% em 2022 em comparação com 2021. O diagnóstico em crianças também está aumentando.

Entre janeiro e novembro de 2023, o Brasil diagnosticou ao menos 19.219 novos casos de hanseníase. Mesmo que preliminar, o resultado já é 5% superior ao total de notificações registradas no mesmo período de 2022.

Segundo as informações do Painel de Monitoramento de Indicadores da Hanseníase, do Ministério da Saúde, o estado de Mato Grosso segue liderando o ranking das unidades federativas com maiores taxas de detecção da doença.

Até o fim de novembro, o total de 3.927 novos casos no estado já superava em 76% as 2.229 ocorrências do mesmo período de 2022. Em seguida vem o Maranhão, com 2.028 notificações, resultado quase 8% inferior aos 2.196 registros anteriores.

O desafio que temos como sociedade civil é garantir a proteção, a inclusão e a saúde de todas as pessoas. Reduzir as desigualdades sociais para que ninguém viva à margem.

Com trechos extraídos da Agência Brasil: https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2024-01/novos-casos-de-hanseniase-aumentaram-5-de-janeiro-novembro-de-2023