O Secretário-geral da ONU, disse no último relatório publicado pelas Nações Unidas (06/05) que as pessoas com deficiência são as mais atingidas pela pandemia e demanda atitudes mais inclusivas.

De acordo com o documento, as Pessoas com deficiência estão mais propensas a sofrer negligência, abuso e violência doméstica. Além disso, estão lidando com a desinformação pela falta de acessibilidade em questões de saúde pública e assim, enfrentando barreiras para concretizar as medidas básicas de prevenção ao contágio do novo coronavírus.

O relatório revela que as mortes relacionadas ao COVID-19, em casas de repousos podem variar entre 19 a 72%; “Se contraem COVID-19, muitas [pessoas com deficiência] têm mais chances de desenvolver condições graves de saúde, o que pode resultar em morte”, explicou António Guterres.

Em resposta, os países tem decidido, discriminativamente, racionar a saúde em fatores como idade ou nas deficiências colocando valor na vida dessas pessoas. Algo extremamente desumano.

O Documento publicado pela ONU também assinala que as pessoas com deficiência no mercado de trabalho são as com mais chance de perder o emprego durante a pandemia, sem acesso a qualquer benefício (o relatório aponta que apenas 1% estaria recebendo algum tipo de ajuda nos países mais pobres).

Enquanto isso, as pessoas com deficiência – principalmente mulheres e meninas – enfrentam um risco maior de violência doméstica, que aumentou durante a pandemia.

O escritório de direitos humanos da ONU publicou uma nota de orientação, designando as principais recomendações para que os governos insiram as pessoas com deficiência no centro dos esforços de resposta e recuperação da COVID-19; De maneira que busquem proteger esses grupos, mas também os envolvam na busca por respostas que garantam maior e mais eficiente inclusão.

António relembra da  Estratégia das Nações Unidas para a Inclusão de Pessoas com Deficiência, lançada no ano passado. São diretrizes traçadas pela ONU, para obter um trabalho concreto no sentido de combater o agravamento das consequências da desigualdade.

A vida da pessoa com deficiência tem valor como qualquer outra, ela vive e também movimenta a economia. E por isso, não pode ser reduzida em comparação a ninguém.