A Lei Brasileira de Inclusão (LBI) também conhecida como Estatuto da Pessoa com deficiência completou seis anos no dia 6 de julho. Realmente parece recente a aprovação da lei que se diz: “destinada a assegurar e a promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania.

Decreto cria regras para micro e pequenas empresas se adaptarem à Lei Brasileira de Inclusão

Infelizmente, na prática, é como se ela sequer tenha sido implementada, vemos um lento avanço dos últimos anos para cá e sabemos que de fato, as pessoas com deficiência não estão em condições de igualdade ou em exercício de suas liberdades e vemos assim, que continuamos a “brigar” pelo mínimo, pelo que já deveria ser garantido.

Pessoas com deficiência e inclusão no mundo do trabalho

Um exemplo da falta de esforços para assegurar o comprimento dessa lei é a persistente falta de acesso aos espaços, o tema foi lembrado no último encontro de Vozes Femininas, um projeto da BRASA que se propõe a reunir mulheres com deficiência e cuidadoras de seus familiares semanalmente de maneira ainda virtual.

Conheça mais no site do projeto Vozes Femininas

A medida que os encontros acontecem, as Agentes de Inclusão Social (AIMS) vão assimilhando não só problemas vivenciados no próprio cotidiano, mas também das outras mulheres da Brasilândia que acompanham semanalmente nas atividades do projeto.

Helena, uma das AIMS, é mãe de um adulto com múltiplas deficiências, entre elas a paralisia cerebral. Ela traz o problema da mobilidade em uma de suas falas: “As linhas das plataformas de trem são todas irregulares, um cadeirante não tem como sair sozinho […] A cidade não foi planejada para deficientes, um deficiente não pode sair de casa? Ele não pode sair sozinho?”

Delma com seu filho, uma criança com transtorno do espectro autista, tem a perspectiva escolar, mas se preocupa com o futuro do jovem: “Nós não vemos pessoas com deficiência trabalhando e não se fala sobre isso, a falta de oportunidade vemos até mesmo aqui nas falas das meninas da roda, a pessoa fica ao Deus-dará”.

 

 

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