A matéria replicada no blog da BRASA foi publicada pelo portal de notícias G1 de Santarém.
Instituto atua na inclusão de pessoas com deficiência e na garantia de seus direitos no mercado de trabalho.
Um exemplo positivo de inclusão profissional vem sendo implementado em Santarém, oeste do Pará, por meio do Projeto Bem Viver – Agentes Diocesanos de Inclusão, fruto de parceria entre a Associação dos Deficientes Físicos de Santarém (Adefis), Brasil, Saúde e Ação – Cooperar para Incluir (Brasa), Associação Italiana Amigos de Raoul Follereau (Aifo), Instituto Jô Clemente (antiga Apae de São Paulo) e Conferência Episcopal Italiana (Cheisa Cattolica).
O projeto já formou 40 agentes diocesanos de inclusão capacitados para apoiar, por meio de projetos de inclusão social e promoção de autonomia, pessoas com deficiência física que buscam emprego em Santarém e cidades vizinhas. Até o final do projeto, devem ser formados 60 agentes, além de coordenadores, que devem atuar junto a empresas da região para incluir pessoas com deficiência no mercado de trabalho.
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O projeto utiliza a metodologia do emprego apoiado, que por meio dos agentes formados, auxilia na inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho, realizando a ponte entre empresa e indivíduo.
A iniciativa, que deve ter duração de três anos, atua na perspectiva cultural e de ação sócio-inclusiva, com o intuito principal de contribuir para a melhoria da qualidade de vida das pessoas com deficiência, investigando sobre as possibilidades de desenvolvimento social existentes em Santarém que visa criar possibilidades futuras.
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O mês de julho marca os 30 anos da Lei 8.213/91, mais conhecida como Lei de Cotas, que visa garantir a inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho. A lei determina que de 2% a 5% dos colaboradores – em empresas com mais de 100 funcionários – sejam pessoas com deficiência.
Segundo Flavio Gonzalez, executivo de Negócios Sociais do IJC, a inclusão profissional de pessoas com deficiência ainda é um desafio. Os números mostram que mesmo após 30 anos a Lei de Cotas ainda não é plenamente cumprida.
Temos sim muito a celebrar, porque já avançamos muito. Sem a lei, dificilmente teríamos um grande número de pessoas com deficiência empregadas. Entretanto, ainda há muitos desafios pela frente, especialmente pelas constantes ameaças que essa lei sofre em diferentes esferas do poder público, principalmente por meio de projetos de lei que frequentemente entram em pauta para votação no Congresso Nacional”, avaliou Gonzalez.
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Segundo dados do Censo 2010, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 24% da população brasileira têm algum tipo de deficiência, sendo que desse total apenas 1% está empregada. Ainda que consideremos a releitura desses números, segundo a Nota Técnica 01/2018 do IBGE, a população com deficiência seria de 6% do total da população brasileira, o que representaria cerca de 12 milhões de pessoas, contingente muito inferior aos 480 mil que formalmente trabalham, o que mostra a falha na inserção dessas pessoas no mercado de trabalho.
Em outro estudo, feito pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) em 2019, 486.756 pessoas com algum tipo de deficiência estavam empregadas no país, número próximo ao da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) de 2018, que indicam que cerca de 441 mil estão empregadas pela Lei de Cotas e ainda há quase 400 mil vagas desocupadas.
A matéria replicada no blog da BRASA foi publicada pelo portal de notícias G1 de Santarém.
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